Atualmente é comum dizer que as transformações ocorridas no mercado de trabalho são produto da Revolução Tecnológica que varre o mundo, principalmente no final do século XX. E as mudanças que não param de acontecer em diferentes setores de trabalho, aprimorados pela tecnologia, baseam-se, em sua maioria, numa minúscula peça, do tamanho de uma unha, feita da matéria prima do silício, primo-irmão da areia... Tal peça é identificada como MICROSHIP. A partir desse microprocessador, a vida no planeta vem mudando por completo.
Cerca de três décadas atrás, ninguém podia imaginar que o computador teria uma importância tão grande para os homens, tanto que esse chip interferiu nos setores das telecomunicações e transportes, sem esquecer que este aproximou nações e facilitou a circulação de mercadorias e dinheiro, surgindo desse processo o fenômeno globalização.
Com a globalização, é necessário que as empresas se adaptem ao novo fio condutor do mundo. E tudo é devido a uma questão muito simples: sobrevivência no mercado internacional. Então elas enxugam seus quadros funcionais e, no lugar dos homens, entram as máquinas de trabalho, mais modernas, capazes e rápidas (e logo mais dinâmicos) que os trabalhadores. Assim, ao passo que o homem livra-se do trabalho pesado e menospresa o próprio trabalho humano, a produtividade das empresas e indústrias aumenta consideravelmente, em larga escala.
Para entender melhor isto, voltemos um pouco ao passado: no início da Revolução Agrícola, houve a mecanização dos campos. Tratores, por exemplo, auxiliando o homem com o arado da terra, máquinas para espalhar as sementes pelo campo.Ou seja, o homem usando a tecnologia para livrar-se da mão-de-obra pesada, ainda produzir e lucrar mais, poupando seu tempo. Outra exemplo é a modernização das siderúrgicas e metalúrgicas que, no nosso país, ainda depende de importação da maquinaria pesada dos países desenvolvidos tecnologicamente...


Enfim: quando a máquina começou a substituir o trabalho humano, não expôs, junto às idéias de avanço, os graves reflexos que poderíamos ter (e temos) hoje. Até porque, atualmente há quantidades maiores de máquinas que alguns anos atrás. A tecnologia vem se aperfeiçoando dia-após-dia, tornando o mundo cada vez mais dependente daquela micropeça (o chip). Não há setor econômico que não conheça o seu poder sintetizador, multiplicador, criador e destruidor de empregos. É uma máquina que opera na base de microsegundos, uma medida de tempo tão minúscula que nem mesmo pode ser experimentada pelos sentidos humanos... É a criatura superando o criador. E o homem? Como o criador se coloca neste contexto?

Tudo nos leva a crer em duas hipóteses: ou o trabalhador se especializa cada vez mais, ou ele entra para a lista, cada vez maior, de desempregados. Escritores, como William Greider, em "O mundo na corda bamba", defende medidas que podem ser tomadas para minimizar este caos mundial (fantasma dos trabalhadores), como a garantia e melhoria da educação do trabalhador. Isso daria para a nação, que investe nessa idéia, melhores condições de viver no mercado globalizado de hoje, porque as pessoas que estarão bem mais preparadas, terão mais chances de conquistar melhores rendimentos dentro das teias empresariais globais.

Portanto, o homem deve usar sua cabeça para não prejudicar a própria espécie. Deve sim, progredir com a tecnologia e saber também distribuí-la melhor para que todos os setores de trabalho sejam beneficiados. Devemos usá-la para desvendar os mistérios do espaço e facilitar, tornando eficaz, o trabalho dos homens.Só não devemos deixar cair a ética e a dignidade para fazermos parte dessa revolução tecnológica.

EMPREGAR TECNOLOGIA SEM

DESEMPREGAR O HOMEM!